Tal como o cipestre da fonte está a secar, também a aldeia parece estar a decair

Quem olhar com atenção para a "mítica" imagem do "acipreste" da fonte dos Mouros, certamente reparará que está mais pequeno, conforme se poderá conferir na imagem anexa.

Cerca de 1 metro da vetusta árvore está seca, diminuindo o tamanho da dita e ostentando os galhos secos, qual coroa de glória de uma existência longa apontando ao céu o orgulho de uma aldeia vaidosa do "seu" cipreste. 

Tal como o cipreste da fonte, também a aldeia parece estar a decair, apesar da cor das suas casas caiadas: os habitantes são cada vez menos e mais idosos. O contagiante barulho das brincadeiras infantis dos anos 70 e 80 deu lugar a um silêncio ensurdecedor da ausência de pessoas.

É necessário que quem tem poder, apesar de todas, ou até para as evitar, dificuldades financeiras, olhe para as aldeias do interior como um argumento contra a crise e não somente como uma forma de resolver a dita, recorrendo à sua descaracterização com a ameaça de "fim da freguesia" uma vez que já muitos dos serviços que por cá existiam, foram deslocalizados, restando o posto de saúde, não se sabe por quanto tempo. Todas as vozes que se puderem fazer ouvir como este sitio que leva o nome de Torroselo a todo o universo, serão poucas para tentar inverter a situação.

Um abraço a todos os Torroselenses de nascimento e a todos os que adotaram Torroselo como a sua "terra", por influência familiar ou, simplesmente porque se renderam aos encantos de uma Aldeia rica em tradições, com paisagens lindas de tão simples,umas, e exuberantes, outras. Juntos manteremos Torroselo no Mapa dos nossos corações dando-lhe uma vida que parece, como no caso do cipreste da fonte dos mouros, estar a diminuir.

VIVA TORROSELO

José Luis Baptista