Serra da Estrela

Em 17 de Junho de 1958 começava a campanha de angariação de fundos para a construção da Casa Paroquial

01-11-2012 22:09

"Uma comissão constituída pelos srs. rev. dr. António Alves de Campos, padre Jaime Rodrigues Carvalheira, Luís de Albuquerque Pimentel e professor Luís Gonzaga Alves Martins, fez agora distribuir a seguinte circular”:

Começava assim, a notícia em A Comarca de Arganil de 17 de Junho de 1958 da campanha de angariação de fundos com destino à construção da Casa Paroquial.

A comissão informava os torroselenses que, “estamos na iminência de ficarmos sem pároco aqui residente se, quanto antes, como nos é imposto pela competente autoridade eclesiástica, lhe não construirmos e entregarmos uma residência condigna para habitar”.

Foi comprado - ao sr. António Alves Póvoas - o prédio onde viria a ser erigida a Casa Paroquial. O negócio foi realizado pelo valor de 22.500$00.

A comissão informava que “precisamos à roda de 80.000$00 para ali, naquele local que todos reputam magnífico e a todos os títulos recomendável (…) podemos levantar, uma casa que no único andar sirva de residência paroquial e no rés-do-chão a todo o comprimento, com porta para a Rua de São João e da Farmácia, seja utilizada para salão de catequese” (…).

Foram muitos os cortejos de oferendas transportados em carros de bois que, com outros donativos, tornaram possível esta casa que é de todos os torroselenses.

Anos mais tarde, a obra foi concluída e inaugurada com a presença das autoridades religiosas e concelhias.

A Comarca de Arganil na edição de 3 de Dezembro de 1963 informava que, “ na nova residência paroquial, caiu, pouco depois de nela entrar, pela primeira vez, a senhora D. Ermelinda Dias Ferreira Carvalheira, mãe do nosso estimado pároco, sr. padre Jaime Rodrigues Carvalheira”(…).

A título de curiosidade recordo quem foram os “inquilinos” da Casa Paroquial: padre Jaime Rodrigues Carvalheira e padre João de Carvalho Nunes. Com a saída do padre João, Torroselo, não voltou a ter um padre residente.

Uma lacuna que acontece na nossa terra em – quase - todos os edifícios e equipamentos colectivos: não existe uma placa que mostre para a posterioridade a data da inauguração e quem presidiu à mesma.

Estou a lembrar-me do Museu Rural, Lar, Casa do Povo, Grémio (actual sede da Banda), Correios, Monumento a Nossa Senhora de Fátima, Casa Paroquial, etc.

A Igreja Paroquial e a Capela de Nossa Senhora de Fátima são a excepção.

Por: A. Madeira

  

Voltar

Procurar na página

OP© 2012 Todos os direitos reservados.