Serra da Estrela

Efeitos dos incêndios e o aumento do tráfego de camiões

22-10-2012 17:14

Estive por estes dias e por motivos de infausto acontecimento de falecimento de familiar. Esta presença, lamentavelmente curta, permitiu-me tomar contacto com duas realidades que, por estes dias, condicionam a vida de Torroselo.
 

  1. as queimadas que circundam a nossa aldeia, além de estragarem uma das nossas riquezas, provocam uma enorme tristeza em toda a população, dos mais novos aos mais idosos, que mal grado a sua vasta experiência, não deixam de comentar que desta vez a renovação da flora circundante, não irá fazer-se pois a destruição foi demasiada e, tão cedo e se não houver intervenção humana, não teremos pinhais de qualidade como tinhamos. Oxalá não se caia no facilitismo de substituir as espécies existentes por outras como o eucalipto, com todas as desvantagens daí provenientes, embora reconhecendo as vantagens económicas imediatas. As matas da nossa aldeia são por este tempo um qual formigueiro em que as formigam transportam não sustento do inverno, mas os pinheiros queimados no incêndio deste ano. Por todo lado vemos madeireiros a negociar os restos das árvores, donos com os olhos tristes por se desfazerem do seu desvalorizado património, lenhadores de ferramenta
    s em punho ou ao volante dos tractores e camiões e um enorme ruído ambiente vindo das moto-serras e máquinas de arrasto.
     

2- Com a aplicação das medidas económicas do governo da nação, a implementação das portagens nas vias rápidas circundantes da nossa linda serra levou a um aumento exponencial do número de camiões que roda na nossa velhinha estrada da beira. Pois é, circular nesta via não é pera doce: são camiões e mais camiões uns atrás dos outros sem respeitar as distâncias legais, em filas que condicionam todo o tráfego. Além deste incómodo, e fruto de um desinvestimento já mais antigo na manutenção, o aumento do número de viaturas, nomeadamente pesados de carga, vem causar uma acelerada degradação do piso, que antigamente era um orgulho e agora é um "abre-olhos" pois obriga a circular com um olho na viatura própria e alheia e outro na estrada para evitar os buracos que já tem, com tendência para aumentarem, com a chegada do mau tempo.

Que estas contrariedades sirvam para unir mais as nossas gentes em torno da aldeia mais bonita do mundo de modo a juntar esforços para voltar a dotar a nossa região de uma paisagem ainda mais bonita que a anterior e fazer força junto do poder central para a resolução do problema do trânsito na nossa região, passando pelo recomeço da construção das vias alternativas e a real manutenção da via existente.

Saudações regionais e torroselenses

José Luis Baptista

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